Um dia poderemos não ter este simples copo de água para beber....
que nunca quis secar
e corre alegre e fresca
até à beira do mar.
Mata a sede, lava o corpo,
rega os campos de lavrar
e limpa os olhos do sono
quando estamos a acordar.
E se ela um dia acaba,
de tão mal ser usada
e por não ter, afinal,
quem a saiba respeitar,
ainda acabamos todos
sem lágrimas para chorar.
in "O livro dos dias" de José Jorge Letria
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